O cerrado, enquanto bioma dos mais ricos em biodiversidade, nos apresenta paisagens de rara e incomparável beleza. Mas, infelizmente, a ganância humana pelo dinheiro, às vezes, coloca a perder toda essa beleza natural com que a nossa região foi presenteada.
Nesta história, ainda jovem, do Grupo Trilheiro já pudemos, com pesar, constatar que, sob nossos olhos, a natureza vai sendo atacada, impiedosamente.
Falamos, neste ensejo, da degradação ambiental provocada pela construção da Usina Hidrelétrica Capim Branco II, localizada no Rio Araguari, no município de Uberlândia-MG.
Coincidentemente, a primeira trilha do grupo trilheiro, realizada em 13/11/2005 nos brindou com paisagens belíssimas, do Vale do Rio Araguari, localizado nas proximidades da ponte ferroviária conhecida como Ponte do Preá. Nas fotografias tiradas pelo grupo constatamos paisagem de beleza ímpar, formada por um cerrado típico de áreas mais úmidas, semelhante, porque não, à bela Mata Atlântica, que ainda resiste, em alguns recantos deste país.
Qual não foi, portanto, a surpresa dos membros do Grupo Trilheiro quando, em 16/09/2006 em outra trilha realizada entre Araguari-MG e Uberlandia-MG, puderam perceber a absoluta devastação que foi imposta à natureza que ali se encontrava. Toda a vegetação que se situava nas áreas a serem cobertas pelo lago da UHE Capim Branco II foi simplesmente, destruída. Onde antes se observava a natureza exuberante do cerrado, naquela ocasião se via uma paisagem de integral desolação e devastação.
Este artigo se destina apenas a demonstrar o quanto cerrado vem sendo agredido, sob o argumento de que devemos viabilizar o progresso, através, por exemplo, da construção de uma usina hidrelétrica. Cremos que hão de ser medidos os prós e contras de qualquer ação desta dimensão, ainda mais se considerando que a natureza devastada nunca mais poderá ser recuperada, como no caso da edificação de uma megaconstrução, como o é uma usina hidrelétrica.
Não gostaríamosa de estar noticiando a destruição de nosso querido cerrado mineiro, mas não podemos fazer vista grossa a uma destruição ambiental tão lastimável e de dimensões tão expressivas.
Que nossas autoridades, e que nossos concidadãos, desenvolvam cada vez mais a sua consciência ambiental, e que a natureza que nos cerca, e que nos presenteia com os recursos indispensáveis à nossa vida, tais como água, ar puro, e alimentos, seja pelo menos tratada com mais respeito.
Hugo Cesar Amaral
Uberlândia/MG.
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