segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Sibipiruna

Embora a sibipiruna não seja uma árvore nativa do cerrado (sua real origem é a Mata Atlântica!) dedicaremos uma postagem a esta árvore pois se trata de uma árvore encontrada em grande quantidade em nossa querida Uberlândia, sempre nos presenteando com uma bela floração nos meses de setembro e de outubro.

“A sibipiruna (Caesalpinia pluviosa variedade peltophoroides - Caesalpinioideae), também conhecida como sebipira, é uma árvore de grande porte, nativa do Brasil, chegando a medir 28 metros de altura (normalmente entre 6 e 18 metros), com até 20 metros de diâmetro da copa arredondada e muito vistosa. Facilmente confundida com o pau-brasil ou pau-ferro pela semelhança da sua folhagem, é muito usada para arborização em várias cidades brasileiras.” (1)

“As folhas são bipinadas com haste central de 20–25 centímetros de comprimento com 8-9 pares de pinas, cada uma com cerca de 11-13 pares de folíolos de 10-12 milímetros por pina. A floração ocorre a partir de agosto, podendo estender-se até o final do verão, produzindo inflorescências em rácemos cônicos eretos com flores amarelas. A frutificação dá origem a vagens compostas de duas valvas secas, lenhosas, longas e coriáceas com 7,6-12,0 centímetros de comprimento por 2,7-3,1 centímetros de largura. Quando maduras, as vagens rompem-se por torção em deiscência explosiva, arremessando de uma a cinco sementes. Estas são comprimidas, irregularmente circulares, transversas, ovato-obovadas ou orbiculares a subglobosas, com testa dura e muito rígida, clara, grossa ou sem albúmen, provida de um bico no hilo e marginada. A árvore pode viver mais de cem anos.” (2)

“Sibipiruna é uma árvore alta e com raízes fortes. Assim como suas irmãs, a sibipiruna deve ser cultivada sob sol pleno, em solo enriquecido com matéria orgânica, regado frequentemente, mas sem encharcamento, para evitar doenças causadas por fungos e bactérias. Se você quiser plantar uma sibipiruna, escolha um local com bastante espaço, já que as raízes são poderosas e a árvore passa fácil dos 15 metros de altura. Prepare a cova com terra, areia e composto orgânico em partes iguais, colocando um pouco de calcário no fundo e mexendo bem. Tome cuidado com a poda, geralmente anual, para que os galhos não cresçam em direção aos fios elétricos e demais lugares indesejados. E passe longe de seus frutos (pretos, achatados e com sementes beges), porque eles não são comestíveis.” (3)

Face às suas raízes grossas e fortes e à grande altura que pode atingir, somando ao fato de que tem uma copa considerável e necessário se analisar, antes de efetuar o plantio em área urbana, se o crescimento da árvore não poderia provocar danos como contato com a rede elétrica ou a passeios ou imóveis.



Créditos das fotos: As fotos foram obtidas por Hugo Cesar Amaral, em outubro de 2.018, nas ruas Benjamim Magalhães e Rondon Pacheco, em Uberlândia/MG e no Campus Santa Mônica da UFU, também em Uberlândia/MG.


domingo, 4 de março de 2018

A beleza da quaresmeira!

A quaresmeira (Tibouchina granulosa) é uma árvore brasileira pioneira, da Mata Atlântica, principalmente da floresta ombrófila densa da encosta atlântica.

Seu nome popular é devido à cor das flores e época de floração: entre os meses de janeiro e abril (período da quaresma), e também em junho-agosto. Além da variedade com flores roxas há a de flores rosadas (variedade Kathleen).

Ocorrência:

Na Mata Atlântica da Bahia e do sudeste do Brasil, principalmente em matas secundárias.[1]

Características:


O nome popular Quaresmeira vem do florescimento no período da quaresma. Os frutos são secos em forma de taça, marrom, deiscente, com aproximadamente 1 cm de diâmetro, que ocorrem de abril a maio e de outubro a novembro. Apresentam grande número de pequenas sementes, que são dispersadas pelo vento. Seu porte geralmente é pequeno a médio, podendo atingir de 8 a 12 metros de altura. O tronco pode ser simples ou múltiplo, com diâmetro de 30 a 40 cm. A quaresmeira tem um período de vida de 60 a 70 anos.


As folhas são simples, elípticas, pubescentes, coriáceas, com nervuras longitudinais bem marcadas e margens inteiras. A floração ocorre duas vezes por ano, de fevereiro a abril e de agosto a outubro, despontando abundantes flores pentâmeras, simples, com até 5 cm de diâmetro, com estames longos e corola arroxeada, sendo que na variedade Kathleen estas se apresentam róseas. Mesmo quando não está em flor, a quaresmeira é ornamental. Sua copa é de cor verde escura, com formato arredondado, e sua folhagem pode ser perene ou semi-decídua, dependendo da variação natural da espécie e do clima em que se encontra. Por suas qualidades, ela é uma das principais árvores utilizadas na arborização urbana no Brasil, podendo ornamentar calçadas, avenidas, praças, parques e jardins em geral. Seu único inconveniente é a relativa fragilidade dos ramos, que podem se quebrar com ventos fortes, provocando acidentes. Com podas de formação e controle, pode-se estimular seu adensamento e mantê-la com porte arbustivo.

Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, profundo, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente no primeiro ano após o plantio ou transplante. Apesar de preferir esses cuidados, a quaresmeira é uma árvore pioneira, rústica e simples de cultivar, vegetando mesmo em solos pobres. Originária da mata atlântica, esta espécie aprecia o clima tropical e subtropical, tolerando bem o frio moderado. Multiplica-se por sementes, com baixa taxa de germinação, e por estaquia de ramos semi-lenhosos. Sua madeira apesar de ser de qualidade inferior é indicada para a construção de vigas, caibros, obra internas, postes, esteios e moirões para lugares secos.

Fontes:

Lorenzi, Harri: Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol. 1. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002, 4a. edição. ISBN 85-86174-16-X

Instituto de Botânica de São Paulo


http://www.cuidar.com.br/quaresmeira


Artigo obtido na Wikipedia (https://pt.wikipedia.org/wiki/Tibouchina_granulosa)

Fotos tiradas por Hugo Cesar Amaral, nos Bairros Santa Mônica e Finotti, em Uberlândia.